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Levei bronca no sonho

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Todo mundo aqui já tomou uma chamada de atenção histórica de pai e mãe na vida, né? Depois de uma semana intensa, cheia de desafios e saudade, tomei “um pito”. Muito mexida em visitar as instalações do Hospital do Câncer de Rio Verde, que me trouxe lembranças e sensações recentes (como se eu tivesse esquecido por algum tempo, aham), essa noite dormi na tranquilidade da minha cama 5 dias depois de estar fora de casa. Uma pedra... daqueles sonos que você já nem lembra onde está. E não é que me transportei para um carro com meus pais? Até no banco de trás eu estava justamente pra me lembrar qual o lugar que me cabe na hierarquia da vida quando o assunto é família. No volante, o mediador da conversa: o João. No passageiro: a Cirinha. Lá estava ela, serena e linda. Quando comecei a chorar, ela me interrompeu: “sabe qual o problema de vocês? Querem me ver por toda a parte”. Só consegui responder “mas é que temos saudade”. E ela só riu.   Meu pai começou a contar algumas coisas sobre

O Quitute

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Era 1993, meus pais cometem a loucura de preferir o nordeste brasileiro do que a tradicional FESTA DO QUITUTE jaboticabalense. No auge da minha maturidade dos quase 8 anos completos, não me conformava com aquela decisão tão impensada. Lembro de questionar minha mãe sobre aquele tamanho absurdo: “sério que você vai perder a festa? E quem vai me levar?”. Eu ficaria, não adiantaria ela insistir, mesmo eu não sendo convidada para a viagem, deixei claro que caso tivesse contado com a minha presença, para desistir!  Acho que foi a única vez que meus pais viajaram sem filhas, meu pai lembra com carinho cada detalhe desse passeio.   Eu já lembro dos presentes que trouxeram, foram muitos, até compensou não ter ido! Tenho um porta calcinhas que uso até hoje, 26 anos depois. Na minha lembrança também tem a sensação de independência de ir à festa pela primeira vez sem a minha mãe, claro que com primas e irmã cuidando, mas sem a autoridade máxima era um passo gigante.  Mesmo quem diz já

Be nice ❤️

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Já declarei nas redes que fiz uma super maratona de The Big Bang Theory nas últimas semanas. Confesso que ainda não me livrei do vício e ainda tenho revisto algumas coisas, mas esse problema patológico de repetição é para um outro post. A questão aqui é que teve um episódio, que agora já nem sei te dizer qual foi, mas tinha a ver com os complexos do Leonard (procure saber quem é, ele é fascinante) e que me despertou uma reflexão: já reparou a distância que existe entre quem somos, quem gostaríamos de ser, quem os outros gostariam que fôssemos e, mais ainda, como eles nos enxergam? Complexo, né? Confuso e tudo mais.  Ao mesmo tempo que me orgulho da mulher que me tornei, me cobro e vivo sempre numa tentativa de aceitação de várias questões, principalmente em relação ao meu corpo. Concordo com as palestrantes motivacionais que dizem que a nossa cultura impõe coisas, mas não acho que é só isso. O estrago é maior, o nosso ambiente é tóxico o TEMPO TODO. E como a gente se blinda? Men

Eu, eu mesma e eu de novo

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Realmente decidi hibernar nesses últimos dias, aproveitando a folga do trabalho, diminuí até o contato com o meu grande amigo iFood. Minha ideia está sendo ficar mais comigo, cozinhar e descansar. Por motivos bem especiais, deixei minhas férias vencer esse ano e agora me resta aguentar a espera dos tão sonhados dias. Só que aguardar esse momento acarreta cansaço, muito! Principalmente quando você vem de muitas mudanças no trabalho e avalanches na vida pessoal. Por essas e outras, optei pela introspecção delicinha e tá sendo lindo. Já assisti um monte de coisa, terminei um livro sem pressa e descobri que sou capaz de fazer “vaca atolada”, uma das minhas comidas favoritas. Mas... isso não tá sendo o mais importante... tudo que assisto, desde criança, me faz olhar pra dentro de mim mesma numa espécie de autoterapia. Já refleti tantas coisas que vai ter bastante material para posts aqui no #TaNaoTaFacil. Só que antes de terminar meu aviso de “estou viva e passo bem”, quero provocar em que

Esse amor, uma canção.

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Ontem morreu o pai da Bossa Nova, João Gilberto. Já bem velhinho e doente, cumpriu sua missão na terra com maestria e genialidade. Hoje acordo com a sua música na cabeça, cantarolando “vai minha tristeza e diz a ela que sem ela não pode ser...”. Chega de saudade e tantas outras são daquelas canções que acalmam o coração, né? Já dizia Vinicius, “o samba é a tristeza que balança”, como separar essa mesma sensação da bossa? Aqui quem escreve é alguém que não entende nada de música, então...perdoem, conhecedores, essa minha humilde análise. Porque essa desconhecedora pode não saber diferenciar gêneros musicais, mas sabe usá-los muito bem tanto pra momentos muitos felizes ou para outros nem tanto assim. E para os melancólicos, João Gilberto sempre me acompanhou e vai continuar do meu lado. Meu quarto-sala amanheceu na nostalgia de uma outra vida, com a bossa de fundo e pretendo seguir meu domingo assim.  Obrigada, mestre. 

Os pombos

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Minha casa é uma delicia, um ap pequeno, aconchegante e com tudo que eu gosto (falta um home theater, mas logo resolvo). Minha vida também é uma delícia, tenho tudo e todos que preciso nela (alguns apenas presentes no coração  ❤️ ). Mas... como nem tudo é perfeito, minha casa é tomada por pombos na jardineira da janela. Eles sujam, derrubam vaso e me irritam cada vez que vejo que não “vence” limpar. Hoje cheguei em casa e a mesma rotina, tudo sujo! E na vida? Bom, na vida têm muitos pombos, cada vez mais. Você acorda, começa o dia dentro dos conformes que você adora, mas tem sempre aquele um que te tira do prumo ou estraga o que estava perfeito, mesmo até sem perceber. Não posso mudar de casa só por conta dos pombos reais, não quero mudar minha vida por conta dos “pombos” da minha rotina. Como resolver? Terapia! É isso aí, resolvi levar os pombos pra terapia e essa decisão vai gerar muitos caracteres por aqui, certeza! Vou dar canseira...

Quem salvou quem?

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Esse da foto é o carinha que a gente esperou tanto. Minha irmã já tentava a adoção há alguns meses e nada. E ele lá, preso num sistema falido em que crianças crescem em abrigos que nem sempre possuem as melhores estruturas, enquanto isso a justiça insiste em complicar com dúvidas as certezas de muitos papais e mamães. O nosso Ben foi mais esperado que muitos bebês de úteros familiares. A festa de aniversário foi encomendada até antes da sua chegada definitiva. E que chegada! Ainda carrancudinho, encontrou papai e mamãe babões, vovô e vovó babões e uma titia, adivinhe só, babona!  Quando falávamos na adoção para as pessoas, o retorno da maioria era sempre o mesmo: que gesto bonito adotar, salvar uma criança.  Olha, não posso falar pelas outras famílias que adotam, mas na nossa, quem foi salvo não foi o Ben, fomos nós.  A chegada dele trouxe sentido e simbolismos, trouxe colorido e cheiro. Deu luz para uma família que tava “meia fase”, como diz um amigo. Deu 1 mês de felicid